"Através do Monitor de um Cockpit"

Olá

Após tanto debater e conversar em redes sociais e as vezes até em alguns blogs, percebi que tenho copiado muitas vezes coisas já ditas por mim anteriormente, e não apenas isso, mas minha própria linha de pensamento tem evoluido com as novas experiências e pontos de vista de outros, tenho aprendido, refletido e agregado novas coisas à minha pessoa, então achei interessante registrá-las em um local de fácil acesso para mim e quaisquer outros interessados.

Não é minha intenção agradar ninguém e muito menos ofender, porém, busco provocar dúvidas e respostas, pois se às vezes a resposta é complicada ou muito mais simples que qualquer um imaginava, posso afirmar que sempre há mais a se observar em um evento. Portanto, se tiveres críticas e/ou sugestões, fique a vontade, mas por favor, use bons argumentos, e nada de "crenças" ou argumentos baseados em "fé", pois esses se baseiam em lógica cíclica e ausência de base.

PS: Este post apresenta apenas uma apresentação minha e alguns conceitos que tentarei transmitir, portanto, provavelmente é um conteúdo desinteressante para muitos.

Mas ao menos, poderão entender quem é a pessoa por trás do que está escrito, e imaginar o que eu posso ter experimentado ou não em minha vida para pensar e ser da maneira que os faço. Assim, se alguém dicordar ou criticar uma linha de pensamento minha, tenha em mente que minhas experiências são limitadas, assim como as de todos, mas fale mesmo assim, pois caso contrário, nada irá mudar, nem para mim, nem para você.

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Sou estudante de Sistemas de Informação, e trabalho com Desenvolvimento Web, porém ainda me interesso por assuntos de psicologia e filosofia.


Sou ateu, e me considero um tanto intolerante, porém isso é relativo com o grau de argumentos de uma pessoa. Sou do tipo que gosta de enfrentar fogo com fogo.

Voltei ao ateísmo (Afinal, eu nasci assim, e fui transformado em cristão pela família) aproximadamente aos meus 11~12 anos (não lembro ao certo), portanto, me libertei cedo da crendice popular, e consegui me desvencilhar de muitos "pré conceitos" que hoje mesmo alguns ateus consideram como normais. Graças à isso, tenho o costume de não me apegar ao "normal", e busco analisar todo o tipo de costume ou ritual comum da sociedade, religioso ou não.



Sou realista, o que significa que não busco ilusões ou utopias perfeitas, busco aquilo que eu acredito ser a melhor opção e que pode ser melhor a longo prazo, mesmo que essa opinião não seja "moralmente aceitável" para os padrões, se me permitem dizer, hipócritas da sociedade. Minhas opiniões as vezes podem se mostrar sonhadoras demais.


Ironicamente, sou um grande fã de ficção, em especial, Sci-Fi (Ficção científica), e muito provavelmente algumas delas poderão ser intercaladas com minhas observações.


Gosto de aprender, e por aprendizado, não me refiro apenas à números e resultados, mas também à filosofia e conceitos que eu possa agregar aos meus. Busco sempre melhorar a mim mesmo, e pessoalmente não levo ofensas, elas apenas me indicam onde eu posso ter errado, e qual a origem do conflito da situação. Costumo copiar dos outros o que acho de mais interessante para mim, e ignoro aquilo que não concordo.

Então, em primeiro lugar, gostaria de explicar o título deste blog (Through the Cockpit-Monitor), que mistura gostos pessoais e um conceito que acabei observando enquanto buscava algum nome. Já para antecipar, o título tem uma mescla de duas histórias que eu aprecio.

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Alice em frente à entrada de um novo mundo

Alice no Mundo do Espelho (Alice Through the Looking-Glass):

A continuação da primeira história, Alice no País das Maravilhas (Alice in the Wonderland), em O Mundo do Espelho, Alice fica curiosa com o mundo do outro lado do espelho enquanto brinca com sua nova gata, a filhote de Dinah, do primeiro livro. Ao se aproximar e olhar para aquele misterioso mundo ao contrário, ela o toca, e descobre que pode atravessar o espelho.

E começa mais uma das aventuras características da série, onde tudo de ordinário não é como deveria ser, e o extraordinário é normal.

Alice sendo carregada pela Rainha Vermelha

Mas uma cena não posso esquecer, onde, no tabuleiro do jogo as peças de Xadrez ganham vida no mundo do espelho, ao contrário das peças "mortas" no mundo real, a Rainha Vermelha corre segurando Alice para irem até a "casa" (Em termos de Xadrez) à que ela foi designada, porém, Alice, ao observar o panorama, principalmente uma grande árvore ao longe, percebe que elas não estão saindo lugar, apesar de estarem correndo muito rápido.

Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar. Se quiser ir a alguma outra parte, tem de correr no mínimo duas vezes mais rápido!"

~Rainha Vermelha

A mensagem que pode ser interpretada é que, enquanto o tempo passa e as coisas mudam, precisamos nos movimentar apenas para nos manter-mos no mesmo lugar, e se desejar avançar, terá de se esforçar muito mais.

De resto, a personagem é bastante conhecida, e traços da história são de conhecimento geral, portanto, me pouparei dos detalhes.

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Char Aznable e Amuro Ray

Mobile Suit Gundam:

É um anime (Desenho animado de origem japonesa, para os que não conhecem) de 1979 que inovou o conceito de ficção científica da época. A série ainda tem grande sucesso, tendo gerado diversas continuações e séries alternativas. Lançado ainda na época de Star Wars, o antagonista da série, Char Aznable, é conhecido como o Darth Vader japonês por muitos, graças à seu capacete e sua personalidade como excelente estrategista.

A revolução causada por esse série de ficção científica é diretamente relacionada com o drama e a seriedade da história, que diferente de outras séries de mechas (Como são conhecidos os "Robôs Gigantes") da época, não envolviam um garoto e seu Super Robô salvando o mundo de alieníngenass e vilões que querem dominar o mundo, ou robôs de outro planeta que pararam na Terra junto com seus maiores inimigos e defendem a humanidade (Para quem identificou Transformers, acertou, já que a série é de origem japonesa), ao invés disso, Gundam se centra em uma guerra entre humanos, uma guerra de independência para ser mais exato, e a evolução da humanidade no espaço.

Ilha Três de O'Ndeill

No futuro, a Terra tem se desgastado de recursos e não é mais o suficiente para abrigar a crescente população da terra, que já ultrapassou os 10 bilhões. Como solução, a Federação da Terra começou a criação de colônias espaciais, grandes cilindros baseados no conceito "Ilha Três" de O'Neill, onde as pessoas poderiam viver em um "mundo" artificial quase auto-suficiente. A história começa 79 anos após o início da colonização espacial.

Essas colônias, por terem sido construidas pela Federação, estão politicamente sob o controle da mesma, mas alguns não aceitam mais isso, pois já adquiriram uma boa auto-sustentação, e com a falta de atenção da Terra à seus problemas, percebem que poderiam estar em situações melhores se pudessem ter o próprio poder de decisão, e então começa a busca pela independência.

Uma das colônias, a mais afastada da Terra, estudaram e conquistaram uma tecnologia superior, graças à necessidade de auto-sustenção, se tornando quase auto-suficiente, e seu líder, Zeon Zum Daikun, pregava a teoria dos "Newtypes", pessoas que poderiam ser consideradas a evolução da humanidade. Essa teoria afirmava que as pessoas que tivessem seus espirítos livres da gravidade da Terra teriam uma forma de conciência unificada, fazendo com que as pessoas entendam umas às outras à um nível muito superior, e assim conquistariam paz. Porém Zeon é assassinado, e a família Zabi, os mais próximos à ele, tomam o poder, e iniciam uma ditadura.

Como se pode ver, não é uma luta entre bem e o mal, mas uma luta entre dois exércitos, cada qual com seus problemas. A história começa com um jovem, morador de uma colônia neutra (ou seja, não tinha lado na guerra para não ter problemas) que sofre um ataque de Zeon, pois foi descoberto que a Federação estava criando uma nova arma lá, o Gundam.

A história teve como inspiração a II Guerra Mundial, o principal vilão de Zeon também foi comparado pelo próprio pai à um "ditador de uma antiga guerra, Hitler". Outras das séries alternativas mostraram guerras causadas por racismo (Por origem, não por cor da pele), por jovens que não escutam a "voz da experiência", os mais idosos, e também o contrário, por pessoas das antigas guerras estarem destruindo o mundo da nova geração. Nesses últimos dois casos, vê-se que um contradiz o outro, mas é assim mesmo, nem sempre a solução para um vai servir para o outro.

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Voltando à origem do título, encontrei nesses dois conceitos, o de um mundo diferente do outro lado de um espelho e uma máquina de guerra um conceito parecido com o do mundo hoje em dia.


Eu não posso afirmar, porém ainda acredito que isso possa ser entendido por todos: "O mundo lá fora é estranho", se você está lendo isto, a chance de você se relacionar com isso é praticamente 100%.

Por "estranho", você pode entender "irracional" se preferir também. No Brasil, temos políticos corruptos, e quem põem eles no topo? A mesma população que sofre por causa deles, e mesmo assim, eles conseguem se manter no topo, só isso já deve servir para mostrar que o mundo externo daquele que você têm contato é estranho demais.

Porém, se esse mundo estranho é visto apenas por um espelho ou um vidro, e você apenas observá-lo, jamais irá conseguir mudar as coisas pra melhor.

Simulação da visão interna de um cockpit

Porém, o que é um cockpit (A cabine de pilotagem), senão uma sala isolada com controle total da máquina. Nas séries Gundam, o piloto de um mecha fica justamente em uma cabine isolada apenas com monitores que mostram o que as câmeras de seu robô vêem, porém, os controles permitem que ele interaja com o mundo exterior.

Um soldado dentro de um MS pode ter tirado e salvo a vidas sem sequer ter saido desse "compartimento isolado".

Esse exemplo pode ser considerado cruel, por estar citando mortes, mas a mesma série mostra que uma máquina de guerra, nas mãos certas, pode ser um herói também, porém, tudo irá depender do ponto de vista e das intenções daqueles que agora tem o poder sobre a vida de outros.

O monitor é o espelho pelo qual vemos um mundo estranho, e a internet, as ferramentas de comunicação e de informação são o que permitem a interação de tentar mudar as coisas.

Obviamente, não significa "Ficar sempre na frente do computador", porém, são ferramentas disponíveis que podem lhe ajudar a se preparar para agir. A questão aqui é:

"Evoluir, aprender, agir,  usando as ferramentas disponíveis, mesmo que minha principal porta para esse mundo estranho seja uma pequena janela, mas hoje ela já me apresenta a possibilidade de interação capaz de mudar a vida de pessoas, direta ou indiretamente."

É necessário estar preparado para tudo, e nesse mundo de informação, quem tem o dom de identificar, encontrar e manipulá-la é rei, ou, usando um termo mais atual, "O Escolhido".

Neo, o Escolhido da Matrix